Embora o Windows 10 tenha sido oficialmente lançado no final de julho de 2015, dia 29, alguns dias atrás, é agora em agosto que a maioria das pessoas pode ter acesso a dispor de tal experiência nos computadores pessoais.
Foi grande a expectativa para essa oportunidade, já que tradicionalmente versão sim e outra não a Microsoft “erra a mão”. O Windows 8 implementou muitas mudanças na experiência de uso que não vingaram, algumas delas ganharam uma nova chance. Tal dedicação por inovar a maneira de usar os computadores se deve a competição com os Smartphones, talvez mais precisamente contra o poder de mercado do Google.
Contexto histórico
Para começo de conversa eu sempre fui utilizador dos produtos da Microsoft, desde o primórdio MS-DOS. Não porque eu seja admirador da Companhia, mas sim pela facilidade comercial de acesso, já começando pelo Hardware mediano que eu venho sustentando ano após ano.
Já que entramos no assunto história, mais precisamente falando do Sistema Operacional MS-DOS, diz a lenda que o fundador da Microsoft, Bill Gates, nunca foi um talentoso programador. O MS-DOS não teria sido programado por Gates, ele teria o comprado para ser implementado no Hardware da IBM e ser competitivo contra o computador do talentoso Steve Jobs.
Eram os primeiros anos de vida dos computadores pessoais, pouco antes só disponível para grandes empresas e de tamanho nada domésticos. Logo viria a primeira versão do Windows rodando à partir do MS-DOS, um marco na utilização do Mouse, exceto pelo fato da invenção ser da empresa Xerox e ter sido implementada com sucesso antes pela Apple de Steve Jobs.
Ou seja, tanto o MS-DOS não havia sido ideia genuína da Microsoft, nem muito menos o Windows. O mesmo vale para a interface gráfica da Apple e uso do Mouse, foram cópias herdadas de outros inventores. Como o ditado: “nada se cria, tudo se copia”.
De frente para um novo rival de peso
Falo isso para introduzir que o mesmo parece ocorrer com o Windows 10. Já no Brainstorming, na concepção desse novo sistema operacional, a ideia vendida foi que o mesmo sistema poderia ser usado tanto nos convencionais computadores pessoais, como nos já consagrados Smartphones e outros sistemas embarcados. Isso tem me feito pensar nas semelhanças com o Android da Google.
O burburinho que tenho escutado há muitos meses me convenceram a instalar o Windows 10. De cara já tive boas impressões ao saber sobre a licença gratuita que a Microsoft concederia a maior parte das pessoas. Claro que desconfiado de tamanha generosidade, justo dessa empresa.
Vivendo as expectativas
A instalação que fiz veio a confirmar as inovações anunciadas, muita simplicidade e ao mesmo tempo sofisticação. Vivemos tempos de “menos é mais”, acabaram a busca por grandes efeitos visuais em cada detalhe. Também pudera, um sistema flexível para cobrir ainda mais tipos de dispositivos, como Tablets e Smartphones.
Então não há uma grande busca por transparências e bordas arredondadas, nem muito mais pelo uso exagerado de sombras. A palavra de ordem nesse quesito me parece ser equilíbrio, encontrando um Design limpo com sucesso.
Primeira surpresa
A surpresa maior foi encontrar em cada detalhe semelhanças com o sistema Android, disfarças no bom e velho Windows revigorado. O que mais teve um impacto inicial para mim foi a loja de aplicativos. Meu Deus! Aquilo é a Google Play do tempo em que se chamava Android Market.
Tá bom, atendeu a minha expectativa naquele primeiro instante, mas é bem verdade que faltam diversos recursos que no concorrente estão ali na ponta dos dedos. Na Google Play eu tenho ali tudo relacionado aos meus aplicativos. No caso a Loja do Windows me pareceu bem dispensável, por exemplo, para instalar os programas convencionais dos Desktops.
Primeiro que, ao menos nessa primeira semana após o lançamento oficial, se encontra uma variedade bem limitadas de aplicativos na loja. Segundo que os aplicativos de grande prestígio, além de não serem encontrados na loja, você deverá obviamente que fazer uma instalação convencional.
Vamos ver se mais a frente tudo estará integrado a loja. Não me parece razoável, sendo provável que os aplicativos ali fiquem mais restritos a pequenas distribuições. Hoje, por exemplo, não encontro nos produtos Adobe o Photoshop convencional para instalar à partir da loja do Windows, mas encontro o Photoshop Express. Também não achei os grandes jogos, como GTA.
Segunda surpresa
Depois veio a segunda necessidade imediata na minha degustação do Windows, abrir o tão aguardado navegador WEB Edge, o substituto do famoso Internet Explorer. Gostei bastante no princípio, depois comecei a sentir falta de certos detalhes, começando pela taxa estimada de velocidade do Download que não encontrei. Foi daí para diante, como clicar com o direito sobre uma palavra selecionada e rapidamente poder abrir uma pesquisa sobre ela em outra aba, não estava ali.
A maior semelhança com o Android talvez seja a integração nativa de contas da Microsoft, assim como o Google vincula os Smartphones a um usuário Google. A Tela de Acesso já ganha dados do seu perfil Outlook, como sua foto. Durante a própria instalação, dependendo se a escolha foi atualização ou não, esse vínculo já é feito. Isso parece também implicar com a questão da licença do software.
Esperar o futuro chegar
Bom, é cedo para saber no que vai dar esse novo sistema operacional Windows da Microsoft. O certo é que com a nova visão de mercado da empresa, principalmente com relação a licença do software, vai forçar a nivelação de todos os usuários Windows com Hardware compatível.
Todos deverão ser convidados naturalmente a de fato implementar o uso do Windows 10, abandonando o uso do Windows 7 e Windows 8, se juntando no mesmo sistema. Isso facilita, por exemplo, os esforços de suporte e dedicação da empresa. Passa a ser daqui para diante e o que passou, passou. Isso parece vir de encontro com a nova visão mercadológica, uma brilhante e grande sacada.
Outra coisa será acompanhar o amadurecimento desse sistema para vir a suprir certas carências que toda mudança brusca costuma causar. Novas atualizações com certeza logo virão, talvez convençam o mercado a continuarem firmes no Windows, bem como a adquirirem Smartphones com Windows 10.
Parece que temos uma grande aposta vigorando, com risco muito grande para um possível sucesso, mas também para o fracasso. Aguardemos os próximos anos e veremos.